quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Desenvolvimento Psicomotor

O desenvolvimento motor relaciona-se com o desenvolvimento intelectual e o afectivo, com o desenvolvimento do sistema nervoso do cérebro, derivando dai o nome de desenvolvimento psicomotor. A aquisição do controlo de diversos grupos musculares possibilita as adaptações intelectuais e os comportamentos emocionais. 

Competências Motoras

Uma criança de 2 anos é capaz de:
·         Andar em bicos de pés;
·         Saltar, correr, podendo, por vezes, perder o equilíbrio;
·         Comer sozinha. Aprende a utilizar a colher, embora se suje.
·         Consegue atirar uma bola de ténis a um ou dois metros de distância.
Entre os 2 e os 3 anos, se lhe for oferecido um triciclo começará por mover os pés alternadamente, passando depois a pedalar. Quando isto acontece há uma grande conquista na sua autonomia motora.
As brincadeiras servem para adquirir segurança no uso das suas habilidades, que costuma mostrar com orgulho aos adultos.
As crianças entre os 3 e os 6 anos fazem grandes progressos nas competências motoras, tanto a nível das competências motoras grossas, que envolvem os músculos maiores, como a nível das competências motoras finas.

Competências motoras grossas
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     A motricidade grossa evolui significativamente.
  • ·         A criança aos 3 anos consegue caminhar em linha recta e saltar a uma pequena distância.
  • ·         Com três anos e meio alterna com segurança os pés enquanto sobe degraus, mas só por volta dos cinco é que consegue fazer o mesmo a descer.
  • ·         Aos 4 anos consegue dar pulinhos com um só pé.
  • ·         A partir dos 5 anos já dá saltos maiores com cerca de 90 centímetros e anda 5 metros com apenas um dos pés.
  • ·         Estas competências desenvolvidas durante o período pré-escolar são um estímulo e base para a prática do desporto, dança, etc.
Competências motoras finas
A motricidade fina evolui gradualmente sob uma orientação frequente , ou seja, quando, por exemplo, um adulto ensina uma criança a fazer um laço no sapato e a pegar correctamente no lápis, acompanhando a sua evolução e corrigindo sempre que necessário.
·          
  •       Uma criança com 3 anos consegue verter o leite para uma taça, comer com talheres e ir ao quarto de banho sozinha.
  • ·         Aos 4 anos consegue vestir-se com ajuda, cortar em linha recta e dobrar uma folha de papel em dois triângulos.
  • ·         Com 5 anos consegue vestir-se com pouca ajuda e copiar figuras geométricas simples.
  • Com o desenvolvimento das competências motoras finas, por volta dos 3 anos, é posta em evidência a lateralidade, que é a preferência pela utilização de uma mão. Cerca de nove em dez crianças e adultos são destros. Esta tendência reflecte a dominância comum do hemisfério esquerdo do cérebro, que controla a parte direita do corpo.
À medida que se desenvolvem os dois tipos de competências motoras, as crianças no período pré-escolar integram as capacidades que possuíam com as que estão a adquirir, para produzir outras mais complexas. Estas combinações de competências são conhecidas por sistemas de acção


PAPALIA, Diane E., et al, (2001), O Mundo da Criança, McGraw-Hill, 8ª edição

Baseado no trabalho de grupo desenvolvido por Bárbara Almeida, Joana Gonçalves, Tânia Magalhães e Vera Jesus. (ESE, IPP, no ano lectivo 2010-2011)"

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