Etapa 1: Choro como actividade reflexa e sons do tipo vegetativo
O choro é a primeira manifestação sonora produzida pelo bebé e a primeira forma de comunicação do recém-nascido, reflectindo o estado biológico da criança. O choro e os sons vegetativos, ajudam a criança a habituar-se à passagem do ar pelos órgãos do aparelho fonador, o que certamente tem um efeito estimulante na futura produção da fala.
Etapa 2: Palreio e riso
Quer o sorriso, quer o palreio representam um passo significativo no processo interactivo. É através do palreio que se manifesta o domínio da regra básica da interacção comunicativa presente aos três meses de idade.
Etapa 3: Lalação/Balbucio
Ao palreio segue-se a transição por lalação ou balbucio. Esta transição é caracterizada pela produção de segmentos silábicos isolados em que o som vocálico é exageradamente prolongado e acompanhado de variações de intensidade e tom. O tempo da lalação/balbucio prolonga-se até aos nove/dez meses e a principal característica é a reduplicação silábica. A estrutura básica da lalação assenta na combinação consoante/vogal, repetida em cadeia, por exemplo “mamama”.
Etapa 4: Sílabas não reduplicadas e cadeias prosódicas – o(s) período(s) linguístico(s)
Como princípios gerais de articulação que parecem orientar as primeiras produções de palavras é de referir os decorrentes das pesquisas de Mack e Lieberman (1985) que referem:
A repetição de sílabas (ex:. popó, bebé)
A omissão de sílabas não acentuadas (ex:. péu para chapéu)
A redução no agrupamento de consoantes (ex:. pato para prato)
A assimilação regressiva (ex:. popó para copo)
A assimilação progressiva (ex:. boba para bola)
Baseado no trabalho de grupo desenvolvido por Dulce Marques, Joana Gomes e Ana Solange Semedo. (ESE, IPP, no ano lectivo 2010-2011)"
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