quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Teoria psicossocial de Erikson

                                                               
Erikson baseou-se na teoria psicossexual de Freud para criar a sua. Contudo, discorda em vários aspectos, a maior parte devido à valorização excessiva atribuída por Freud ao sexo, ao passado e somente aos primeiros anos de vida.
  
 Sendo assim, Erikson apresenta um desenvolvimento maioritariamente de origem psicossocial, com estádios ao longo de toda a vida humana. Defende a existência de crises, que se manifestam ao longo de oito idades e que são ultrapassadas em função de aspectos biológicos, individuais e sociais. Esta crise é objecto de duas soluções: positiva e negativa. Quando estas se resolvem positivamente, o estádio atinge o ponto final de equilíbrio e saúde mental. Já o sentimento de fracasso é gerado pelas opções negativas das crises.

 Como tal, Erikson considera a ideia de crise essencial no desenvolvimento da personalidade mediante a sucessiva resolução das crises. Quando estas são na sua maioria resolvidas de forma positiva, posteriormente, o indivíduo enquadrar-se-á melhor socialmente, para além do ganho emocional, característico de personalidade, aptidão, qualidade ou sentimento que adquire.

 Relativamente à faixa etária em estudo, segundo Erikson:
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A    1ª idade vai desde o nascimento até aos 18 meses
Conflito predominante: Confiança vs. Desconfiança
Neste período, é dado maior relevo ao relacionamento com a mãe. Ou seja, se esta, para além do alimento, fornecer ao bebé actos de amor, presença e carinho, este irá desenvolver uma atitude de segurança perante o mundo. Pelo contrário, se o comportamento e as atitudes da mãe para com o bebé não forem satisfatórios afectivamente e a nível das suas necessidades, a criança irá adquirir medos e suspeitas em relação ao mundo (Veríssimo , 2002).
Nesta idade espera-se que a virtude desenvolvida seja a esperança.




·           A 2ª idade dura desde os 18 meses até aos três anos.
Conflito predominante: Autonomia vs. Vergonha e Dúvida.
É nesta idade que as crianças, mesmo sentindo ainda necessidade de protecção, sentem também vontade de experimentar e explorar o mundo à sua volta. Se forem entusiasmadas pelos pais a usarem as suas capacidades, as crianças aprendem a controlar o seu corpo e descobrem o ambiente que as rodeia, alcançando assim a sua própria autonomia. Pelo contrário, se a criança for impossibilitada ou lhe exigirem que exerça estas capacidades prematuramente, esta, em vez de autonomia adquire vergonha e dúvida. (Veríssimo , 2002).
Se existir um equilíbrio, como é exemplo a obtenção do controlo esfincteriano, em que a criança controla a expulsão das suas matérias fecais e depois da sua retenção, estas podem ser consideradas como uma prenda dada pelo filho à sua mãe. Se assim for, a virtude resultante desta idade é a força de vontade (Delmine & Vermeulen, 2001).


Baseado no trabalho de grupo desenvolvido por Liliana Machado, Liliana Ramos e Maria Elisa Morais. (ESE, IPP, no ano lectivo 2010-2011)"

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