- Conceito:
- Princípios que definem a sua especificidade:
- Contexto histórico e social;
- Experiências individuais;
- Perspectiva histórica da Psicologia da Educação:
2. As grandes orientações teóricas em Psicologia do Desenvolvimento:
- modelos mecanicistas;
- modelos organicistas;
- perspectivas contemporâneas:
- Modelo do ciclo da vida (life-sp an);
-Perspectiva ecológica;
-Perspectiva etológica;
- Perspectiva cognitiva-evolutiva e de processamento da informação;
- Perspectiva histórico- cultural;
(Palacios,1999)
- Controvérsias em Psicologia do Desenvolvimento:
- Sincronia/ Heterocronia;
- Continuidade/ Descontinuidade;
( Palacios,1999)
1. Hereditariedade/ Meio
Em torno da psicologia evolutiva foram aparecendo inúmeras controvérsias praticamente desde o aparecimento desta disciplina.
Inicialmente não era bem aceite que a genética poderia ter influência sobre o comportamento individual de cada um. No entanto essa ideia foi mudando até chegar ao ponto em que certos modelos, como o modelo ecológico, amplificaram a sua proposta inicial e passou a considerar as possíveis influências que a genética poderia ter sobre o individuo.
O perfil maturativo dos seres humanos
- Jacob (1970) propôs uma distinção entre o "fechado" e o "aberto" no código genético. O fechado é o que nos caracteriza como seres humanos, como o facto de possuirmos um sistema respiratório. O desenvolvimento psicológico dá mais importância à existência de um calendário maturativo que determina o aparecimento gradual das capacidades. O referido calendário prevê o envelhecimento e uma série de factos biológicos que têm influência sobre as capacidades psicológicas.
- A filogênese determina que como nascemos muito imaturos, a parte mais importante do nosso desenvolvimento vai acontecer em contacto com o ambiente. No entanto a espécie não pode correr o risco de alguns ambientes ensinar a andar e outros não, por conseguinte os planos desse calendário vão ser executados mesmo em ambientes mais desfavoráveis. O ambiente pode exercer influência em relação ao momento em que as capacidades que nos distinguem como humanos se manifestem, mas não pode decidir se vai aparecer ou não. A parte aberta do nosso código genético relaciona~se que o calendário maturativo nos coloca numa "plataforma de lançamento" sem determinar qual será a nossa trajectória. Essa plataforma de lançamento relaciona-se com a capacidade para aprender a falar e com um certo calendário que determina a sequência de aquisição de linguagem.
- O conceito de canalizaçãoen (McCall,1981) é útil para nos referirmos à parte fechada do código genético que está relacionada com a nossa maturação: existe uma canalização maturativa que determina que certos factos da natureza biológica ocorrerão de acordo com uma determinada cronologia. A canalização determina que algo terá que ocorrer mas não determina os conteúdos concretos. A epigênese humana tem um desenvolvimento probabilístico e aberto às influências ambientais. A trajectória a ser seguida pelo individuo dependerá dos obstáculos e dos impulsos concretos encontrados e da direcção tomada diante de cada um deles.
A genética da conduta procurou determinar até que ponto os traços psicológicos tem alguma determinação genética. De acordo com um grande número de pesquisas da genética da conduta o índice de herdabilidade em relação à inteligência é de 50%, e em relação aos traços da personalidade, a estimativa é de 20 a 50%. É muito provável que os traços psicológicos individuais estejam relacionadados com factores genéticos e ambientais e a interacção entre ambos.
Existem três tipos de relações entre herança e meio:
- Relações passivas: os pais transmitem ao bebé certas características através de influências genéticas e da maneira como são estabelecidas as relações entre os progenitores e a criança.
- Relações evocativas ou reactivas: certas características da criança se forem herdadas pela via da hereditariedade, como hiperactividade, tornam maior a probabilidade de que ela seja mais estimulada para uma direcção do que para outra.
- Relações activas ou de selecção de contexto: de acordo com as nossas disposições e com algum componente genético, damos preferência a algumas actividades do que a outras. A genética da conduta contribuiu de forma muito significativa para mostrar a importância do meio, por exemplo, o que torna dois irmãos diferentes é o facto de receberem uma dotação genética diferente, de crescerem em ambientes diferentes, mesmo quando vivem sob o mesmo tecto.
2. Sincronia/Heterocronia
Os modelos clássicos da psicologia evolutiva europeia incluíam descrições em estágios do processo de desenvolvimento. as descrições em termos de estágios tem , pelo menos, quatro pressupostos:
1.Existem mudanças qualitativas ao longo do desenvolvimento de cada estágio;
2. No interior de cada estágio, os conteúdos são muito homogéneos;
3.A sequência de estágios é sempre a mesma que tende a ocorrer de acordo com uma cronologia aproximadamente previsível;
Existe uma hipótese contrária que diz que os factos psicológicos não se caracterizam pelo desenvolvimento sincrónico, mas são fundamentalmente independentes e heterocrônicos.
3. Continuidades - Descontinuidade
Embora abertos às mudanças, nós tendemos a nos parecer a nós mesmo ao longo do tempo, especialmente em lapsos de algumas., poucos anos e em relação a conteúdos relacionados. A manutenção dos traços de perfil pode ser acentuada em algumas circunstâncias e modificadas em outras, havendo assim uma descontinuidade.
(Palacios,2004)
a minha dúvida pode ser estranha mas preciso de saber qual o "princípio teleonómico" (espero que esteja bem escrito) relativamente às perspectivas contemporâneas! Obrigada e aguardo resposta.
ResponderEliminarnooossa.. tadinha dessa aí.. até hoje aguardando resposta..
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