quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Críticas a aspectos específicos da obra de Piaget

Críticas pela escola de Bryant à teoria de Piaget

Alguns críticos actuais argumentaram que não se pode afirmar que, em qualquer momento, a criança se encontra num estádio concreto operacional generalizado, pelo contrário, atinge o pensamento operacional separadamente em esferas de acção diferentes. De acordo com esta escola, cada esfera de acção deve ser considerada isoladamente.
Fazem-se perguntas para determinar se a criança atingiu as operações concretas ou não. Vários psicólogos britânicos argumentaram que as perguntas devem ser feitas de modo a que as crianças compreendam as tarefas que lhe são atribuídas. Sendo assim podiam então fazer coisas numa idade inferior à determinada por Piaget.
Bryant é um dos principais psicólogos britânicos que adoptou as ideias de Piaget contudo, mudou-as em alguns pontos cruciais. Enquanto Bryant usava grupos de experiência e grupos de despiste para investigar estes problemas, Piaget usava minuciosos estudos clínicos individuais de crianças. Concentrou-se na realização das operações concretas, mais propriamente, nas tarefas de retenção. Quando é que a criança se apercebe de que se trata da representação do mesmo número, apesar das diferenças aparentes na representação?
Bryant e Trabasso (1971) chegaram à conclusão que as crianças de 4 anos (em oposição às de 7, como Piaget afirmou) conseguiam fazê-lo. Mas claro tem de ser dado o apoio adequado a estas crianças, que consistia em dar fósforos às crianças e sugerir-lhes que poderiam associar uma bola da fila superior com outra da fila inferior. Este estudo demonstrou que Piaget era demasiado pessimista relativamente às idades em que as crianças poderiam fazer este tipo de associações. (Sutherland, Peter, 1996)
Críticas de Donaldson e da sua escola
A escola de Margaret Donaldson rejeita as conclusões de Piaget pois, segundo Piaget as crianças ou conseguem ou não conseguem resolver um problema.
Donaldson diz-nos que a maioria das crianças em idade pré-escolar são capazes de resolver problemas associados ao pensamento operacional se lhes for dada uma óptima assistência, ou seja, um bom apoio.
A autora crítica sobretudo a maneira como Piaget faz as perguntas às crianças nas situações experimentais. Segundo Margaret parece que Piaget tenta “apanhar as crianças” em vez de as tentar ajudar.
Com tudo isto Margaret pretende dizer que se Piaget nas suas experiências fizesse as questões de outra maneira as crianças conseguiam resolve-las. (Sutherland, 1996)


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