domingo, 2 de janeiro de 2011

Desenvolvimento Semântico

Estima-se que uma criança com 2 anos já tenha adquirido o significado de 450 palavras, mas isso não implica que as pronuncie como um adulto.
Já uma criança quando atinge os 6 anos espera-se que já tenha adquirido cerca de 4500 palavras. Depois do período dos 2 anos admite-se que a criança consiga guardar cinco a nove palavras por dia.
As crianças com idades entre os 2 e os 5 anos começam a entender e por conseguinte também expressar contrastes de relações, como distinguir o alto do baixo, o grande do pequeno e o antes e o depois.
Por norma, as palavras grande e pequeno são de início os primeiros adjectivos espaciais usados na especificação de relações que a criança utiliza na sua linguagem mais complexa.
É através destes dois adjectivos, e com mais ou menos dois anos e meio, as crianças começam a fazer conclusões normativas, por exemplo, um ovo de 10 cm é maior em relação a outros ovos que a criança possa ver (Ebeling e Gelman,1988/94, referido por Shaffer (2005)), podendo também fazer inferências perceptivas, por exemplo, um ovo de 10 cm colocado ao lado de um ovo ainda maior é perceptível, por parte da criança, que é mais pequeno.
As crianças com mais ou menos 3 anos começam a utilizar termos para fazer julgamentos funcionais como por exemplo, começam a avaliar o tamanho de uma roupa de boneca que é pequena em comparação à roupa que ela, criança, veste e dessa forma muito grande para vestir a sua boneca.
As crianças embora expressando-se correctamente com menos de 4/5 anos, erram ainda semanticamente ao nível das construções passivas. Consideremos a frase “O menino foi magoado pela menina”. As crianças do pré-escolar imaginam o menino a magoar a menina. Elas supõe que o primeiro substantivo seja o agente do verbo e o segundo se refira ao objecto. Elas consideram desta forma uma frase activa. Isto acontece porque as crianças ainda não possuem a capacidade cognitiva para entender construções passivas mais complexas.


  •  Crianças bilingues
Quando existem crianças que nascem em famílias que falam duas línguas, de início utilizam elementos de ambas as línguas, quando mais pequenas até na mesma frase. Esta situação denomina-se como mistura de código.
No entanto um estudo com cinco crianças com 2/3 anos, afirmou que as crianças de famílias bilingues diferenciam as duas línguas, como por exemplo, se o pai for francês e a mãe inglesa, a crianças falará predominantemente língua de cada um quando junto deles estiver (Gemsee/Nicoladis e Paradis, 1995, referido por Shaffer (2005)).
Este fenómeno denomina-se por mudança de código.


Baseado no trabalho de grupo desenvolvido por Helena Neiva, Sara Silva, Susana Pereira e Telma Cunha (ESE, IPP, no ano lectivo 2010-2011)"

Sem comentários:

Enviar um comentário