quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Dsenvolvimento Social


 

O desenvolvimento social é um processo de integração da criança ao grupo onde vive (F. Lopez 1985).

Segundo Palácios o desenvolvimento social está dividido em duas áreas: 
  • O conhecimento social - O seu objecto de estudo é o conhecimento em relação às pessoas.
  • O desenvolvimento moral e de valores - Ocupa-se do avanço cognitivo e emocional que permite a cada pessoa tomar decisões a cada vez mais autónomas e realizar acções que reflitam uma maior preocupação pelos demais e pelo bem comum (Sarramona, 2008)


Conhecimento Social


.Entre os 2 e os 3 anos as crianças são capazes de associar diferentes situações com diferentes experiências próprias, podendo antecipar uma emoção que provoque determinada situação (por exemplo festa, alegria).
Distingue-se entre situações intencionais e acidentais, assim pode-se associar a intenção aos resultados.

O jogo simbólico permite conhecer à criança a mente dos demais e introduzir-se nela, vivenciando diferentes experiências e estados.
Com respeito ao ponto de vista, as crianças sabem que as outras pessoas podem ter uma perspectiva diferente ainda que não possam se situar nela.
Entre os 4 e 5 anos, um dos avanços mas importantes é o aparecimento da teoria de mente: habilidade para compreender e predizer a conduta de outras pessoas, seus conhecimentos, suas intenções e suas crenças (J. Tirapu–Ustárroz).
Esta aquisição permite que a criança possa enganar intencionalmente a outros.
Encontramos avanços na capacidade para imaginar e simular, sendo importante compreender os demais, porque permite que imaginem e simulem situações que não viveram.
A linguagem reflete que as crianças entendem as pessoas como agentes activos, com emoções e crenças próprias.

Desenvolvimento do entendimento das relações interpessoais:

Além de compreender os demais, as crianças têm que entender as relações sociais.
Em relação às relações de amizade divide-se em dois estádios (Selman 1981). O primeiro começa aos 3 anos e a amizade relaciona-se com a proximidade física: um amigo é alguém que vive perto. A amizade não é um processo, se forma aqui e agora. O segundo estádio, aos 4-5 anos, os amigos são agora os que ajudam.
As relações de autoridade: aos 3 anos sabem que a autoridade é quem põe as normas porque tem poder e conhecimento para o fazer; entre os 4 e 5 anos entendem que as pessoas com autoridade a têm num contexto determinado, por exemplo o director sozinho na escola.

Desenvolvimento do entendimento dos sistemas sociais: (Delval, 1994)
As crianças vão elaborando ideias em relação da sociedade e sua organização, das profissões, etc.
Têm noções económicas relacionadas com compra e venda nas lojas e das quais são protagonistas em ocasiões(compra de guloseimas). No jogo simbólico jogam às lojas.
Em relação à estratificação social só concebem a diferença entre pobres e ricos, a qual se deve à sorte que tenhas ao nascer. Um menino pensa que um engenheiro ganha mas que um pedreiro porque começa a trabalhar antes e termina mais tarde.

Desenvolvimento moral 

Kohlberg, analisou os raciocínios de crianças e os dilemas morais e a partir daí propôs três estádios que dependem do desenvolvimento cognitivo: pré-convencional, convencional e post-convencional.

Kohlberg divide o nível preconvencional em: Etapa 1: o castigo e a obediência (heteronomía): Respeitam-se as normas por obediência e por medo do castigo. Não há autonomia senão heteronomía: agentes externos determinam que há que fazer e não. Etapa 2: o efeito e o intercâmbio (individualismo): vai assumir a normas se favorecer os seus próprios interesses. O indivíduo tem como objectivo fazer algo que reúne os seus interesses, Considerando que certo que outros também prosseguir os seus. As regras são como as regras dos jogos: são cumpridas pelo egoncentrismo.

Causas do desenvolvimento moral:
A capacidade de raciocínio geral não é o único alicerce que permite o desenvolvimento moral tal e como pensavam Kolhberg e Piaget. 

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