quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Desenvolvimento Moral


Durante os anos da adolescência ocorrem importantes mudanças a nível do raciocínio moral.
Kolberg propôs modos de possibilitar o desenvolvimento da capacidade de fazer julgamentos morais, ou seja, o desenvolvimento do raciocínio moral. (Sousa, Pedro Miguel Lopes, 2001). Segundo este, os adolescentes progridem através de uma série de fases até alcançar elevados níveis de desenvolvimento moral.
Segundo estudos efectuados por Kolberg, o desenvolvimento moral decorre ao longo de três níveis e de seis estádios, pelos quais os adolescentes passarão sistematicamente (Sousa, Pedro Miguel Lopes, 2001).
Um dos níveis é o convencional, no qual, geralmente, se encontram os adolescentes. Estes irão elaborar as suas opiniões morais baseando-se nas expectativas sociais (Palácios, 1999).
Numa primeira fase deste nível, o adolescente teria tendência para agir de modo a conquistar o respeito, estima e consideração dos outros (Sousa, Pedro Miguel Lopes, 2001; Palácio 1999).
Na fase seguinte, surge uma maior orientação pela lei e pela ordem, que devem ser respeitadas pelo bem da comunidade. Começam por superar o egocentrismo da própria infância passando a centrar-se numa perspectiva social de membro de uma sociedade (Palácios, 1999).
No modelo proposto por Kolberg, o desenvolvimento cognitivo representa o factor necessário para que ocorram avanços no raciocínio moral. Junto destes é preciso considerar que durante os anos da adolescência as discussões com os pais e companheiros podem produzir no adolescente um desequilíbrio, levando a uma mudança na sua forma de raciocinar em determinados dilemas morais (Palácios, 1999).
A última fase do raciocínio moral, engloba os comportamentos que serão julgados a partir de princípios ou de direitos humanos universais que estão acima das normas sociais, sendo este o último nível designado de pós-
- convencional (Palácios, 1999).

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